Amazonas é um dos 10 estados do país que mais mata pessoas LGBTQIA+

Manaus/AM – O Estado do Amazonas está entre os 10 no país que mais matou a população trans em 2021, com 4 assassinatos. Mas um levantamento mostra que de 2017 até 2021, foram 23 assassinatos no estado, de acordo com dados da Associação Nacional dos Travestis e Transexuais (Antra), destacados neste dia 28, Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.
Em números absolutos, além dos 4 assassinatos em 2021 de pessoas LGBTQIA+, houve 3 em 2020, 5 em 2019, 6 em 2018 e 5 em 2017.
Em 2021, em todo o país, foram identificados 140 assassinatos de pessoas nessa condição em todo o país. A Antra destaca que os assassinatos, qualificados ou não no código penal, foram mortes provocadas, intencionais e que contém requintes de crueldade, o que denota o ódio contra a nossa população.
O estado de São Paulo foi o que mais matou pessoas dessa condição ano passado no país, com 25 assassinatos, se mantendo no topo do ranking pelo terceiro ano consecutivo.
A Bahia foi o segundo colocado, com 13 casos, Rio de Janeiro em terceiro, que aumentou de 10 casos em 2020 para 12 em 2021, Ceará teve 11 assassinatos ficando na quarta posição, Pernambuco em quinto com 11 casos, subindo duas posições em relação ao ano anterior quando teve 7 casos, Minas Gerais teve 9 assassinatos, Goiás e Paraná teve 7, o Pará com 6 notificações; Amazonas, Maranhão e Rio Grande do Sul com 4 casos cada; Espírito santo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso com 3 casos; Alagoas, Amapá, Paraíba, Piauí e o Distrito Federal com 2 casos cada; e o Acre, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe com 1. Não houve registro de casos reportados em Roraima e Tocantins.
A associação chama a atenção para o que chama de negligência do Estado em relação a oferecer dados oficiais sobre os assassinatos, pois esses números foram levantados a partir de pesquisas em notícias veiculadas em jornais e portais na Internet.
Há poucos meses, foi entregue ainda uma cópia desse levantamento nas mãos do ministro Luiz Roberto Barroso, no Supremo Tribunal Federal (STF), a fim de trazer para o debate, estas violências e violações dos direitos da população trans e o Transfeminicídio Estrutural no Brasil.