Cardiologista alerta para os riscos do uso do cigarro eletrônico

Diante dos riscos já comprovados dos efeitos nocivos do uso do cigarro eletrônico, mais de 50 entidades profissionais de saúde pediram em nota à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manter a proibição da comercialização e importação de cigarros eletrônicos.

Um dos profissionais que reforça o pedido, o cardiologista amazonense Aristóteles Alencar, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), destaca a necessidade de fiscalizações mais rigorosas contra os chamados Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), alegando preocupação com o aumento do uso dos objetos por parte dos jovens.

A manifestação das entidades de saúde foi divulgada após a Anvisa prorrogar para o dia 10 de junho próximo o prazo para receber informações científicas sobre os cigarros eletrônicos.

Desde 2009, a agência de saúde tem uma resolução proibindo os chamados dispositivos eletrônicos para fumar, que agora passam por processo de discussão e atualização de informações técnicas.

De acordo com nota da Associação Médica Brasileira (AMB), as sociedades médicas esperam que a Anvisa decida ainda neste ano manter proibida a importação e venda de cigarros eletrônicos no Brasil.

Atualmente, a Anvisa está na fase da tomada pública de subsídios, aberta a receber informações técnicas a respeito dos cigarros eletrônicos.

“É importante nessa fase reforçar os riscos e mostrar todas as evidências científicas que comprovam os malefícios do cigarro eletrônico, cujos efeitos são mais rápidos que o do cigarro comum”, afirmou o cardiologista, destacando o que chama de combinação de riscos aos efeitos danosos do aumento progressivo do uso desse dispositivo.

De acordo com as associações que assinaram o documento, os cigarros eletrônicos contêm, além da nicotina, outras dezenas de substâncias químicas cancerígenas. Um risco a mais é dos equipamentos.

Para as entidades, a indústria do tabaco busca driblar as regras por meio de discursos que suavizam os danos que os DEFs podem causar.

Aristóteles afirma que o discurso de redução de danos em relação ao tabagismo convencional e como opção de tratamento para cessação de cigarros combustíveis é uma jogada perigosa, que não pode ser tolerada pelas autoridades de saúde do país.

About The Author

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.